terça-feira, junho 05, 2007

quinta-feira, maio 10, 2007

PALAVRAS DO CORAÇÃO

São sorrisos largos
Lagos repletos de azul
Os corações atentos
Ventos do Sul
São visões abertas
Certas despertas pra luz
A emoção alerta
Que nos conduz

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração

São os artifícios
Vícios deixando de ser
Os velhos compromissos
Pra esquecer
São pontos de vista
Uma conquista comum
O mesmo pé na estrada
De cada um

Sonhos aventuras
Juras promessas
Dessas que um dia acontecerão
Você me daria a mão?
Todos estes versos soltos dispersos
No meu novo universo serão
Palavras do coração

Bruna Caram - Otávio Toledo

quarta-feira, maio 02, 2007

JULGADO, JULGADO E JULGADO...

Estou cansado.

Pessoas me olham e não me vêem.
Escutam-me, mas não me ouvem.
Talvez eu fale, mas não diga.
Talvez eu sinta, mas não comova.

Tenho tanto dentro de mim.
Não sei se consigo extravasar tudo isto...

Fato:
Tenho sido julgado e condenado por coisas que nem sequer passam pela minha cabeça, que dirá pelo meu coração. Julgado e condenado por ações que não pratico e nunca pratiquei.

A sensação é de que as pessoas não me conhecem.

Amo!
Mais do que expresso.
Mais do que percebem.
Amo muito!
E disso, eu tenho certeza!

Mas estou cansado e me bate um certo desânimo.
Fico sem saber o que fazer...

segunda-feira, abril 23, 2007

NOSSA IDÉIA

No fundo temos todos uma mesma idéia.
A mesma vontade de ver um mundo bom.

Muitas vezes, trilhamos caminhos diferentes.
Entendimentos diferentes sobre a mesma coisa.
Cada um com a sua verdade...
Como se pudéssemos conhecer de fato a Verdade...

Mas se não podemos conhecê-la, podemos nos aproximar dela.
E isso só é possível amadurecendo idéias.
Colocando idéias em discussão.
Confrontando idéias diferentes e até opostas.

Espremendo o fruto, retiramos o suco.

Às vezes, o confronto vai além do campo das idéias.
E isso causa tristeza quando se perde o respeito e a tolerância.
Quando falta amor...

Mas isso também constitui amadurecimento.
A percepção de que o amor faz falta!

O bom é que há remédio para isso!
Basta esse amor... E se já percebemos que ele falta...

O amor, o mais nobre valor moral, surge glorioso e preenche uma lacuna.
O moralismo cede lugar à verdadeira moral.
Moral que nos toca profundamente e nos coloca no caminho mais certo.
Aquele caminho que procuramos.
O que leva àquela tal Verdade.

E vamos nós! Caminhando juntos...

sábado, março 10, 2007

BUSQUEMOS O EQUILÍBRIO

Resolvi expor no meu blog alguns comentários referentes aos últimos acontecimentos na Área de Infância e Juventude da Seara Bendita. Muitos estão demonstrando indignação frente a tudo que acontece, eu, inclusive. Porém, creio que vale reforçar o que escrevi no final de meu último post quando falo em AÇÃO SERENA.

Acho que o texto abaixo pode servir para que todos nós que nos encontramos indignados, façamos uma reflexão profunda e útil.

Transcrevo uma mensagem de Emmanuel do livro Fonte Viva, psicografado por Francisco Cândido Xavier:

Busquemos o Equilíbrio

"Aquele que diz permancer nele, deve também andar como ele andou." - João.
(I João, 2:6)

Embora devas caminhar sem medo, não te cases à imprudência, a pretexto de causar desassombro.

Se nos devotamos ao Evangelho, procuremos agir segundo os padrões do Divino Mestre, que nunca apresentam lugar à temeridade.

Jesus salienta o imperativo da edificação do Reino de Deus, mas não sacrifica os interesses dos outros em obras precipitadas.

Aconselha a sinceridade do "sim, sim - não, não", entretanto, não se confia à rudeza contundente.

Destaca as ruínas morais do farisaísmo dogmático, todavia, rende culto à Lei de Moisés.

Reergue Lázaro do sepulcro, contudo, não alimenta a pretensão de furtá-lo, em definitivo, à morte do corpo.

Consciente do poder que se acha investido, não menospreza a autoridade política que deve reger as necessidades do povo e ensina que se deve dar "a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".

Preso e setenciado ao suplício, não se perde em bravatas labiais, não obstante reconhecer o devotamento com que é seguido pelas entidades angélicas.

Atendamos o Modelo Divino que não devemos esquecer, desempenhando a nossa tarefa, com lealdade e coragem, mas evitemos o arrojo desnecessário, que vale por leviandade perigosa.

Um coração medroso congela o trabalho.

Um coração temerário incendeia qualquer serviço, arrasando-o.

Busquemos, pois, o equilíbrio com Jesuse fugiremos, naturalmente, ao extremismo, que é sempre escuro sinal da desarmonia ou da violência, da perturbação ou da morte.

quarta-feira, março 07, 2007

ESCLARECIMENTO?

Escrevo este post apenas para deixar disponível a quem possa interessar a resposta oficial que obtive da Seara Bendita referente ao pedido de declaração de nulidade da decisão do Diretor da Área de Infância e Juventude de me afastar da coordenação dos trabalhos desta área no Lar Meimei, pois sei que muitos gostariam e esperam um esclarecimento.

Para quem não sabe do que estou falando e gostaria de saber, basta pedir que eu passo maiores informações.

A seguir farei uma transcrição da carta que recebi hoje, datada de 05 de março de 2007. Em seguida, farei alguns comentários que considero pertinentes.

Ilmo. Sr.
Rogério Moreira Jacobsen

Em atenção ao expediente datado de 19 de janeiro de 2007, no qual V.Sa. requer a DECLARAÇÃO DE NULIDADE do ato praticado pelo Diretor da área de Infância e Juventude, bem como, a RECONDUÇÃO AO CARGO DE COORDENADOR DA A.I.J. NO LAR MEIMEI, vimos informar, que com base nos estritos termos das decisões contidas nas atas das reuniões realizadas junto ao Conselho da Área de Infância e Juventude em 31 de janeiro de 2007 e da Diretoria Executiva da Seara Bendita em 13 de fevereiro de 2007, fundamentadas nos dispositivos legais que norteiam nossas diretrizes (Estatuto Social e Regimento Interno da Área de Infância e Juventude), combinados com o parecer da assessoria jurídica externa da Seara Bendita, houveram por bem, os membros que compõem a Diretoria, validar o ato praticado pelo Diretor em sua integralidade.

Em sendo assim, ficam INDEFERIDOS os requerimentos feitos por V.Sa. naquele expediente, impondo-se o conseqüente arquivamento do processo em nossos arquivos.

Sem mais
Atenciosamente

Nair de Moraes
Diretora Presidente

OBS: a cópia fiel da ata da reunião da D.E encontra-se nos arquivos da respectiva área.

Os meus comentários:

1) Os documentos de referência

Não sei porque, mas não recebi cópia das atas de reunião mencionadas e nem do parecer jurídico. Não entendo porque cópias de tais documentos não foram anexadas, uma vez que poderiam conter informações para esclarecer de fato a questão. Curioso apenas informarem que cópia fiel de um destes documentos encontra-se nos arquivos da instituição. Se tais atas podem conter informações relevantes, porque não poderiam ser divulgadas? Ou, ao menos, porque não se relata o que foi discutido e definido nestas reuniões que tem relação com a questão analisada? O mesmo vale para o parecer jurídico. Pelo que entendi, se qualquer um de nós quiser ter acesso a estes documentos, terá que ir à Seara. Esta postura, na minha opinião, denota falta de transparência.

Vale mencionar que nem mesmo o Estatuto Social e o Regimento da Área de Infância e Juventude parecem ser bem divulgados ao público. Fato curioso é que na reunião do Conselho da Área de Infância e Juventude de 31.01.2007, quando se questionou a composição do referido conselho considerando-se as disposições do regimento da área, o diretor informou que o regimento que foi utilizado como base para elaboração do manifesto realizado pelos voluntários do Lar Meimei não correspondia àquele aprovado pela Diretoria da Seara. Estranhamente, era aquele o único regimento disponibilizado na Internet aos conselheiros da AIJ até aquele momento. E o regimento divulgado aos conselheiros era de fato diferente daquele aprovado...

Ah... e a reunião, em caráter extraordinário, da Diretoria Executiva tratou apenas destas questões referentes aos afastamentos meu e do Sylvio e do Manifesto realizado pelos voluntários do Lar Meimei, portanto, acredito que a ata poderia ser integralmente divulgada. A reunião do CAIJ também tratou principalmente destas questões.


2) Ausência de Esclarecimentos

Como dá para notar, não há qualquer esclarecimento oficial acerca dos fatos. Até o momento, não foram apresentadas justificativas para os afastamentos. Muito menos provas de qualquer coisa.

O que se ouve são apenas algumas afirmações vagas, como a de que, por exemplo, como coordenador, eu não estaria seguindo as diretrizes da AIJ definidas em regimento. Porém, em nenhum momento, apontam quais foram os erros cometidos por mim e pelos outros voluntários do Lar Meimei no decorrer do ano de 2006.

Falaram da inadequação do Programa de Aulas que utilizamos, mas não indicaram quais itens do programa estariam inadequados. Há de se ressaltar que se, efetivamente, esses pontos fossem apontados e se houvesse uma discussão a respeito, não haveria problema em mudar se a maioria estivesse de acordo. Aliás, foi exatamente esta a discussão solicitada pelo Manifesto do Lar Meimei. Uma discussão que nunca ocorreu...

Dizem também que não praticávamos a educação espírita no Lar Meimei. Mas isso não passa de opinião de alguns. Nosso trabalho no Lar Meimei era feito à luz da doutrina e apenas a abordagem era diferente. Uma abordagem mais filosófica e crítica, menos catequista e impositiva... Temas espíritas estavam permeando o programa, a reencarnação, era um exemplo.

É verdade que sempre levantei a questão sobre a adequação do nosso trabalho à realidade daquela comunidade. E isso passa por uma possível reavaliação dos objetivos e da forma de trabalho. Nem que, isso implicasse numa futura mudança do regimento... Não podemos esquecer que o trabalho que fazemos lá também é social e acho que é, no mínimo, discutível condicionar a entrega de sacolinhas de natal para as crianças à presença em aulas de espiritismo, sobretudo quando a maioria das pessoas atendidas se declara evangélica. Existe aí uma discussão moral e, quem sabe, até legal...

Mas uma coisa precisa ficar clara: mesmo considerando a necessidade de uma discussão sobre o objetivo do trabalho da AIJ no Lar Meimei em razão dos motivos que expus, durante o ano de 2006 (e seria o mesmo em 2007), o trabalho foi sim de educação espírita.

3) Cronologia dos Fatos e a Decisão do CAIJ

Notem que as reuniões mencionadas só foram realizadas após o protocolo dos documentos na Seara. Até então as ações do diretor não eram válidas, apesar de sua afirmação em contrário.

O CAIJ e a Diretoria Executiva é que validaram as decisões. A Diretoria Executiva, que eu saiba se ateve à avaliação da legalidade dos atos. Na reunião do CAIJ, os conselheiros claramente já haviam tomado a decisão antes de ouvirem as posições minhas, do Sylvio e do Peter, que representava o pessoal do Lar Meimei. Aliás, é preciso dizer que não fomos ouvidos na reunião, apenas tivemos o direito de falar, o que é bem diferente.
O que eu sei é que o CAIJ não representa a opinião da maioria das pessoas na AIJ. E posso afirmar isso pelo que converso há mais de quinze anos com as pessoas e pelo que tenho conversado ultimamente. Das sete pessoas qu votaram, uma é o próprio diretor que teve suas ações contestadas e outras três tem trabalhado juntas na educação espírita infantil e tem conversado muito entre elas, sem muito contato com os demais membros da AIJ. Outras duas são da diretoria da Seara e não tem uma vivência direta na AIJ e tem mais contato com o diretor da AIJ, que teve suas ações contestadas. Digamos que estão mais expostos às idéias do diretor e muito menos aos dos demais integrantes da AIJ. O outro votante fui eu... Voto vencido...

Ao meu ver, nosso afastamento deveria ser motivado por faltas graves. Quais foram elas? Não ficou claro nem se houve faltas... Não consigo entender como estes conselheiros apoiaram a decisão do diretor sem ao menos tentar promover um entendimento.


4) A Letra Mata, o Espírito Vivifica

Uma frase de Paulo de Tarso...

Ouvi muito esta frase na Seara nestes últimos tempos. E o curioso é que ouvi esta expressão justamente daqueles que se apegam à letra. Curioso mesmo...

Devem ter notado que a carta é extremamente legalista. Se restringe à legalidade dos atos praticados pelo diretor. Em nenhum momento, há alguma manifestação que considere se os atos deveriam ou não ter sido praticados, se prejudicaram ou não pessoas, se afetaram negativamente ou não o trabalho. Isso parece ser o que menos importa. O que importa é dizer se o diretor pode ou não pode. Considerando o que eu mesmo já disse em outra oportunidade, dá-se muito valor à hierarquia na Seara. Pelo jeito atribui-se muito mais valor a ela do que a qualquer outra coisa... E além da demonstração que podemos observar por esta carta, esta valorização da hierarquia e do poder dentro da Seara é reforçada por afirmações de membros da sua própria diretoria. Foram muito claros ao dizer que consideraram a submissão dos documentos contestando as decisões tomadas na AIJ, como um gesto de insubordinação.

E parecem dar mais valor ao Estatuto Social e ao Regimento da AIJ do que à própria codificação espírita. São escravos da letra que mata. Parece que nem cogitam uma possível necessidade de alteração destes documentos. No fim o problema todo que acontece na AIJ está sendo escondido por baixo de papéis.

É claro que documentos desta natureza são importantes, mas dar a devida importância a estes documentos não é o mesmo que sermos escravos do que está escrito neles. E não podemos nos esquecer que estão sujeitos a interpretações. A minha interpretação e de muitos outros não considera que eu estaria agindo contrariamente às diretrizes do Regimento da AIJ no Lar Meimei.

Triste é perceber que, apesar deste apego a letra, ele parece se adequar às conveniências, pois um dos principais artigos do Estatuto Social da Seara Bendita, está sendo totalmente desrespeitado:

"Art.2º - São finalidades da Casa:
.................................................................................
III. o trabalho sem sectarismo pessoal ou de grupo, pela efetiva ação da fraternidade humana, inspirado no Evangelho de Jesus e à luz da Doutrina Espírita."

Notamos claramente o sectarismo que surge do tratamento inadequado da contraposição de duas linhas de pensamento diferentes, ambas consideradas espíritas.

5) Recondução ao Cargo
Quem me conhece e sabe de toda a história sabe que o que menos importa para mim é o cargo de coordenação. Se solicitei a declaração de nulidade referente ao meu afastamento, foi por simplesmente considerar o ato arbitrário e pensar nas pessoas e no trabalho que podem ser prejudicados por este tipo de decisão. Pensar principalmente nas pessoas e nos trabalhos que já sofreram este tipo de coisa no passado (e existem diversos casos!) e nas pessoas e nos trabalhos que podem ser prejudicados no futuro. Este tipo de coisa não pode continuar acontecendo. Uma questão de justiça e respeito. Uma questão de coerência doutrinária, pois sempre precisamos tratar as coisas com amor.
Quem me acusa de agir com vaidade ou falta de humildade me julga injustamente. Mas isso quem pode confirmar é quem me conhece. Já disse muitas vezes: não sou imune a este tipo de coisa, pois não sou perfeito, mas garanto que não é este o caso.

6) Liberdade, Ação e Serenidade

O que escrevo aqui não se restringe ao conteúdo desta carta que recebi, mas é muito relevante.

Sinto-me como se estivesse vivendo no período da “Santa Inquisição” ou numa ditadura militar, guardadas as devidas proporções, porque se não há, no caso, violência física, há violência moral.

O simples fato de contestarmos e buscarmos transparência, como já mencionei, é visto como ato de insubordinação. Quem questiona ou contesta é visto como causador de tumulto, desagregador. Nem levam em conta que a origem do problema se deu nas decisões impositivas e na forma arbitrária com que foram tomadas. Quem de fato causou tumulto?

Mas devem achar-se de posse da Verdade... Mas era diferente na época da “Santa Inquisição”? Um bom espírita e qualquer pessoa de bom senso sabem que ninguém é sábio o suficiente para se considerar o dono da Verdade...

Atribuir a pecha de causador de desequilíbrio a quem contesta é negar um princípio básico da democracia. Seria o mesmo que condenar quem se revolta com o famoso escândalo do mensalão que assolou o país recentemente. Afinal, se estes contestadores ficassem quietos, se a imprensa não se manifestasse, o povo brasileiro estaria mais tranqüilo e não estaria exposto a qualquer tipo de problema... Será? E falando em controle de imprensa, analogamente, há gente na Seara dizendo que é um absurdo usarmos a Internet para tratar de tudo o que está acontecendo... Será?

É bom que fique claro para todos que nem eu, nem ninguém que está indignado com esta situação, estamos nos manifestando para causar tumulto. Apenas não podemos ser omissos.

Vivendo uma situação como essa, nem sempre é fácil evitar o desgaste, por isso, seja lá qual for o ponto de vista que defenda, qualquer pessoa está sujeita à exaltação. Todos ficamos tensos.

E aí jogam mais uma pecha em cima dos questionadores: de desequilibrados. Insinuações ou declarações de que estaríamos obsediados é que não faltam. E isto tem clara intenção de diminuir a credibilidade de quem contesta... E mesmo que estivéssemos? O que seria mais razoável? Atacar-nos? Afastar-nos?

É hora de buscarmos o equilíbrio. Hora de orarmos e nos conectarmos ao que há de melhor. Os amigos da espiritualidade estão ao lado de cada um de nós, seja lá qual for a nossa opinião em relação ao que está acontecendo. Aproveitemos este auxílio.

Apesar de tudo, nesta história não existem lados e ainda acredito que todos voltaremos a conviver bem. Tudo não passará de um grande aprendizado para todos nós. Devemos aproveitar esta oportunidade. Eu mesmo estou aproveitando para refletir e avaliar minhas próprias crenças e atitudes. E isso é bom...

Mas ainda não podemos prescindir da ação. As coisas ainda não estão resolvidas. Mas que a ação seja a mais tranqüila possível. Que possamos alcançar o equilíbrio entre a serenidade e a determinação. Espero que possamos buscar a ação serena, mas contundente.

É isso! Por enquanto...
Acredito que tudo ainda vai se resolver da melhor forma.
E vou seguir o meu coração, como tenho feito...
Desejo o bem para todos os envolvidos.
Abraços!

segunda-feira, março 05, 2007

O MORALISMO NO MEIO DO CAMINHO

Ética...
Felizmente, trata-se de um termo cada vez mais em voga.
Vivemos uma época em que as pessoas parecem despertar para a necessidade de adotar posturas éticas em todos os campos de sua experiência.

Mas há um obstáculo a superar. Algo que transita no terreno da ética, mas que pode se escamotear e servir como uma verdadeira armadilha: o moralismo.

Se existe uma moral absoluta (e acredito que exista...), não há ser humano que a conheça. E o problema, o tal do moralismo, surge quando alguém se acha capaz o bastante de definir o que é certo e o que é errado. Pior: de estabelecer quem é certo e quem é errado. O moralista torna-se o juiz que julga, condena e, muitas vezes, até executa a sentença.

Uma pessoa de bom senso difere do moralista justamente por reconhecer a sua incapacidade de julgar e saber que os padrões humanos de bem e mal mudam constantemente na medida em que a sociedade evolui e entende melhor o que chamamos de moral. Está sempre pronto a reconsiderar suas posições e busca ouvir diversas opiniões sobre o assunto em questão.

E o moralista, em geral, ainda é superficial. Dificilmente procura ir mais a fundo em uma discussão. Seja lá qual for a questão em evidência, ele poupa investigações e reflexões. Afinal, ele costuma ser tão cheio de si, que não vê necessidade de se aprofundar. Nem parece ter paciência para isso. Na sua visão, já sabe quem está errado e até quais seriam as suas motivações para o erro... Motivações imaginadas que não surgem de lugar algum que não seja de uma mera especulação, na maioria das vezes, fantasiosa.

É verdade que nem todos são tão prepotentes assim, mas quando não são, mostram-se apenas como meros repetidores de padrões, sem senso crítico. Um ranço cultural autoritário e coercitivo parece tê-los dificultado a busca por horizontes mais amplos. Moralistas defendem regras sociais estabelecidas e dificilmente as questionam. São capazes de manter uma norma ultrapassada intelectual e moralmente simplesmente por sofrerem desta limitação para ir além.

Sendo superficial, o moralista se apega à forma e, como conseqüência, despreza o conteúdo. É comum que seja educado e que faça belos discursos... A polidez costuma ser a sua marca. Suas ações, contudo, nem sempre refletem as palavras que proferem.

Nos julgamentos que realiza, o moralista ainda procura argumentar logicamente, mas costuma abusar de falácias. Busca frases soltas de grandes personalidades para buscar legitimidade, mas normalmente fora de contexto. Tenta minar a credibilidade daquele que o contesta, reforçando o seu julgamento moralista. Mas faz isso apenas baseando-se no seu próprio julgamento, que afirma que o outro não tem condições para refutar este mesmo julgamento.

E o que importa para o moralista?

Por mais curioso que pareça, não é a moral. O importante para ele é que as pessoas sigam as regras que eles consideram certas e que ele se sinta bem, ou para ser mais exato, se sinta bom. E o foco é no comportamento alheio! Devem zelar pela moral e pelos bons costumes. De olho no outro, se esquiva de pensar em si mesmo, sobre o seu próprio comportamento ético. E ainda se sente bem, porque, na sua cabeça, ainda está agindo bem e sua consciência tende a ficar tranqüila. Afinal, está buscando que as pessoas ajam corretamente...

E a ética que tanto procuramos? Como fica?

Fica sufocada pela forma e pela superficialidade...

E é por isso que eu digo que o combate ao moralismo, para que a ética finalmente desabroche, só se dá por meio do incentivo ao pensamento crítico e pela vivência verdadeira das virtudes, principalmente o amor pelo próximo. O amor que rompe as barreiras das máscaras, da polidez.

Que possamos sempre buscar a moral, orientados pela ética e esquivando-nos do moralismo...

sexta-feira, março 10, 2006

OLHA QUEM ESTÁ FALANDO

Que sossego...

Ei! O que você está olhando?


Ah... Tá olhando para mim...


Pare! Parece um papparazzi...


Que parte do pare você não entendeu?


Tá bom... Nem te ligo...


Pelo jeito você não vai parar mesmo, né?


O que eu faço, hein?


Tá bom... Eu sou bonito mesmo como meu pai... He, he, he...


Pelo menos agora eu ganhei uma chupeta...


Ai, ai...

Licença.... Vou descansar mais um pouco.

domingo, fevereiro 19, 2006